sábado, 31 de julho de 2010

Dinheiro francês será liberado

VLT »A implantação do sistema de veículos leves sobre trilhos deverá receber R$ 330 milhões da Agência Francesa de Desenvolvimento. O fechamento do contrato depende de aval do Senado


Ariadne Sakkis - Correio Braziliense
Publicação: 31/07/2010 08:57

As negociações entre o Governo do Distrito Federal e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) sobre o financiamento das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Brasília deram ontem um passo importante. O empréstimo de 134 milhões de euros, aproximadamente R$ 330 milhões, pleiteado pelo governador do DF, Rogério Rosso, foi aceito pelo órgão francês e o contrato deve passar pela aprovação do Senado Federal, praxe em casos de crédito internacional. A expectativa do governo é contar com o aval federal até meados de agosto. Os recursos representam 40% do valor total da obra e deverão ser usados para a construção do Trecho 2 do VLT, que vai do Setor Policial até a 502 Norte.

Para a finalização da parceria, no entanto, Rosso foi a Paris dar explicações e garantias aos gauleses de que Brasília superou a crise política e apresentou um resumo das medidas por ele tomadas desde que assumiu o posto, há três meses, para conter a ruína administrativa do DF. “Esse é um tipo de investimento que nos interessa bastante. Queremos finalizar o empréstimo, mas antes estamos preocupados com o andamento do projeto no governo”, afirmou a diretora adjunta de Operações da AFD, Collette Grosset, que estava acompanhada por assessores técnicos e jurídicos.

O GDF também teve que tranquilizar os parceiros sobre o risco de investir na capital em ano eleitoral. Rosso assegurou que o projeto do VLT independe de interesses partidários específicos por se tratar de “um projeto de mobilidade urbana, fundamental para o desenvolvimento da nossa cidade, que seguirá seu curso independentemente de uma decisão política” por se tratar de “um projeto de Estado”.

Barreiras
A desconfiança da agência é justificável: as negociações estavam paradas desde o fim do ano passado devido à crise política envolvendo a cúpula do GDF. O país europeu tem os interesses representados pela AFD no financiamento, mas também pela empresa Alstom, que fabrica os vagões do VLT que serão usados em Brasília. O GDF terá cinco anos para iniciar o pagamento e um prazo de 15 anos para quitar o empréstimo.

A concretização da infraestrutura do VLT enfrentou barreiras legais nos últimos meses. Até o Superior Tribunal de Justiça determinar o retorno das obras, em 5 de julho. A implantação do sistema estava parado desde janeiro a pedido do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). O órgão buscava a anulação do edital de pré-qualificação da concorrência e do contrato por considerá-los ilegais, uma vez que a concorrência pública foi iniciada antes de o projeto básico da obra ser concluído. Para o MP, a obra do VLT é incompatível com o Plano Plurianual (PPA), com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e com a Lei Orçamentária Anual (LOA).

O MPDFT denuncia ainda que o montante de recursos previstos excede o R$ 1,55 bilhão previsto no contrato celebrado entre o Metrô-DF, responsável pela gestão, e o Consórcio Brastram (formado pelas empresas Alstom, TC/BR, Mendes Jr. e Via Engenharia). No entendimento do presidente do STJ, Cesar Asfor Rocha, a suspensão das obras acarretaria em “grave lesão ao erário público e à ordem do DF” e liberou o desbloqueio de R$ 21 milhões para a continuidade das obras. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também avalia se o projeto fere o tombamento de Brasília e ainda não liberou o parecer sobre a obra. Resistências à parte, o plano é que o VLT, também conhecido tramway, tenha outros dois trechos: um de ligação entre o Aeroporto Internacional JK e o Terminal da Asa Sul, e outro que se estende do Brasília Shopping ao Terminal da Asa Norte.


METRÔ COM NOVOS TRENS
O Metrô-DF apresentou ontem o primeiro dos 12 trens da nova frota do transporte subterrâneo. Com quatro carros, o trem será acoplado e testado no Pátio de Manutenção de Águas Claras, na sede do Metrô, e deve começar a operar em 30 dias. A previsão é que os outros carros novos entrem em atividade até março do ano que vem, chegando a 32 o número de vagões, o que poderá atender a 300 mil passageiros por dia, o dobro da capacidade atual. Segundo o GDF, os trens têm sistemas de controle e de operação automáticos, o que deverá diminuir o tempo de espera na plataforma. No total, foi feito um investimento de R$ 325 milhões com a compra dos veículos de última geração. Com a modernização, a antiga frota passará a operar sob controles automáticos até junho de 2011.

Agência Francesa de Desenvolvimento garante recursos para o VLT de Brasília




GDF - 30/07/2010 - 15:29 | Veículos e Transporte 

Após três meses de retomada nas negociações, AFD anuncia, durante encontro com governador Rogério Rosso, em Paris, que o empréstimo de €$ 134 milhões para obras do Veículo Leve sobre Trilhos está pronto para ser assinado. Próximo passo é aprovação do contrato pelo Senado Federal“Este é um projeto de mobilidade urbana, fundamental para o desenvolvimento da nossa cidade, que seguirá seu curso independente de uma decisão política. Essa é a grande diferença. Aqui estamos tratando de um projeto de Estado”Rogério RossoGovernador do Distrito FederalParis (França) – O governador Rogério Rosso recebeu, na manhã desta sexta-feira (30), da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), uma excelente notícia sobre o financiamento do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Em fase final de negociação, o empréstimo de 134 milhões de euros (cerca de R$ 330 milhões) está concretizado e pronto para a assinatura do contrato entre a instituição e o governo. As negociações com o GDF estavam paralisadas desde a crise política e foram retomadas há três meses, quando o governador Rogério Rosso assumiu o cargo. Segundo a AFD, o último passo para finalizar o acordo é a aprovação do contrato pelo Senado Federal brasileiro, procedimento necessário em casos de empréstimos internacionais.  Leia também: Ações garantem bons resultados e afastam efeitos negativos da criseImplantação do Parque Nacional de Ciências contará com cooperação francesa           “Esse é um tipo de investimento que nos interessa bastante. Queremos finalizar o empréstimo, mas antes estamos preocupados com o andamento do projeto no governo”, afirmou a diretora-adjunta de Operações da AFD, Collette Grosset, que explicou ao governador os próximos passos para a liberação dos recursos que financiarão o novo tipo de transporte público coletivo no DF. Também participaram da reunião com o governador Rogério Rosso a diretora-adjunta para América Latina e Caribe, Odile des Deserts, e assessores técnicos e jurídicos da Agência.
           Durante a reunião, o governador Rogério Rosso apresentou à equipe francesa um balanço de sua gestão com as principais ações tomadas para conter a crise administrativa do governo. Os argumentos foram os mesmos utilizados pelo GDF no julgamento do STF que decidiu contra a intervenção federal na capital. O próximo passo para que o GDF receba o empréstimo da AFD é a aprovação, até 2 de setembro, do contrato pelo Senado Federal brasileiro. A expectativa do GDF é garantir o sinal verde do Legislativo até a segunda quinzena de agosto.
           Acompanhado do secretário-chefe de Gabinete do GDF, Luís Fernando da Costa e Silva, do diretorTécnico e de Fiscalização da Terracap, Luís Antônio Almeida Reis, o governador Rogério Rosso explicou aos membros da Agência as principais medidas tomadas em três meses de governo para devolver a normalidade à máquina pública. A principal dúvida apresentada pela equipe francesa à comitiva do GDF foi com relação ao risco de investir na capital da República depois da crise e em tempo de eleição. “Este é um projeto de mobilidade urbana, fundamental para o desenvolvimento da nossa cidade, que seguirá seu curso independente de uma decisão política. Essa é a grande diferença. Aqui estamos tratando de um projeto de Estado”, ressaltou o governador.
           Rosso também ressaltou o esforço do GDF em adiantar as obras estruturais e viárias para a Copa do Mundo em 2014. Brasília foi a primeira das subsedes da Copa a iniciar as obras de reforma do principal estádio da capital, o Estádio Nacional de Brasília Mane Garrincha. O governo federal também destinou recursos para a reforma do Aeroporto Internacional JK, outra parte do projeto para a Copa. “Não é fácil romper paradigmas, principalmente para os céticos, mas vamos fazer o possível para deixar a cidade e as contas públicas completamente equilibradas para o próximo governo”, desabafou.
           Os recursos da Agência Francesa de Desenvolvimento deverão financiar 40% das obras do VLT na W3 Sul. O novo veículo de transporte público do DF, também conhecido como tramway, é o primeiro a ser construído no Brasil e na América Latina. Será fundamental para diminuir o trânsito na W3 e ajudar a revitalizar a via que foi a mais freqüentada da capital nos anos 60 e 70.

À tarde, após a reunião, o governador conheceu de perto o funcionamento do tramway instalado em Paris. O modelo parisiense conta com 17 estações em 8km de extensão. Transporta 110 mil passageiros por dia. O destaque positivo do sistema é a redução do número de acidentes nas vias pelas quais o trem percorre devido à excelente sinalização do sistema. Desde 2006, quando foi inaugurado, apenas um acidente fatal foi registrado nos trilhos.

Saiba mais - Com o empréstimo da Agência Francesa de Desenvolvimento, o GDF terá carência de cinco anos para iniciar o pagamento e prazo de 15 anos para quitar o empréstimo, que poderá ser negociado com taxa fixa. Previsto no Brasília Integrada – programa que visa reestruturar todo o sistema de transporte no DF –, o VLT pretende organizar o trânsito na W3 Sul, uma das vias mais tumultuadas do Plano Piloto. Na primeira parte do projeto será construída a ligação da Estação Asa Sul do metrô (no Setor Policial), que funciona como ponto de integração, à 502 Sul, em frente ao Pátio Brasil Shopping.

A viagem entre esses dois pontos deverá ser feita em apenas 17 minutos, com trens de três em três minutos. Em uma segunda etapa, a linha do VLT chegará até o aeroporto. O GDF planeja levar o sistema até o final da Asa Norte e construir ainda uma segunda linha, no Eixo Monumental, para atender principalmente os turistas que virão a Brasília para a Copa do Mundo de 2014.
Anna Karolina Bezerra - Assessoria de Imprensa do Governo do Distrito Federal[Image]VLT irá organizar o trânsito na W3 Sul e fazer a ligação entre o centro da cidade e o aeroporto


Foto: Divulgação/GDF
http://www.agenciabrasilia.df.gov.br/042/04299003.asp?ttCD_CHAVE=102417

Agência Francesa de Desenvolvimento garante recursos para o VLT de Brasília

VEÍCULOS E TRANSPORTE
30/07/2010 19h30 - Alo Brasília
O governador Rogério Rosso recebeu, na manhã de hoje (30), da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), uma excelente notícia sobre o financiamento do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Em fase final de negociação, o empréstimo de 134 milhões de euros (cerca de R$ 330 milhões) está concretizado e pronto para a assinatura do contrato entre a instituição e o governo. As negociações com o GDF estavam paralisadas desde a crise política e foram retomadas há três meses, quando o governador Rogério Rosso assumiu o cargo. Segundo a AFD, o último passo para finalizar o acordo é a aprovação do contrato pelo Senado Federal brasileiro, procedimento necessário em casos de empréstimos internacionais.              
Durante a reunião, o governador Rogério Rosso apresentou à equipe francesa um balanço de sua gestão com as principais ações tomadas para conter a crise administrativa do governo. Os argumentos foram os mesmos utilizados pelo GDF no julgamento do STF que decidiu contra a intervenção federal na capital. O próximo passo para que o GDF receba o empréstimo da AFD é a aprovação, até 2 de setembro, do contrato pelo Senado Federal brasileiro. A expectativa do GDF é garantir o sinal verde do Legislativo até a segunda quinzena de agosto.           
Acompanhado do secretário-chefe de Gabinete do GDF, Luís Fernando da Costa e Silva, do diretorTécnico e de Fiscalização da Terracap, Luís Antônio Almeida Reis, o governador Rogério Rosso explicou aos membros da Agência as principais medidas tomadas em três meses de governo para devolver a normalidade à máquina pública. A principal dúvida apresentada pela equipe francesa à comitiva do GDF foi com relação ao risco de investir na capital da República depois da crise e em tempo de eleição. “Este é um projeto de mobilidade urbana, fundamental para o desenvolvimento da nossa cidade, que seguirá seu curso independente de uma decisão política. Essa é a grande diferença. Aqui estamos tratando de um projeto de Estado”, ressaltou o governador.
Rosso também ressaltou o esforço do GDF em adiantar as obras estruturais e viárias para a Copa do Mundo em 2014. Brasília foi a primeira das subsedes da Copa a iniciar as obras de reforma do principal estádio da capital, o Estádio Nacional de Brasília Mane Garrincha. O governo federal também destinou recursos para a reforma do Aeroporto Internacional JK, outra parte do projeto para a Copa. “Não é fácil romper paradigmas, principalmente para os céticos, mas vamos fazer o possível para deixar a cidade e as contas públicas completamente equilibradas para o próximo governo”, desabafou.           
Os recursos da Agência Francesa de Desenvolvimento deverão financiar 40% das obras do VLT na W3 Sul. O novo veículo de transporte público do DF, também conhecido como tramway, é o primeiro a ser construído no Brasil e na América Latina. Será fundamental para diminuir o trânsito na W3 e ajudar a revitalizar a via que foi a mais freqüentada da capital nos anos 60 e 70. 
À tarde, após a reunião, o governador conheceu de perto o funcionamento do tramway instalado em Paris. O modelo parisiense conta com 17 estações em 8km de extensão. Transporta 110 mil passageiros por dia. O destaque positivo do sistema é a redução do número de acidentes nas vias pelas quais o trem percorre devido à excelente sinalização do sistema. Desde 2006, quando foi inaugurado, apenas um acidente fatal foi registrado nos trilhos.
Da Redação do Jornal Alô Brasília com informações da Assessoria de Imprensa do Governo do Distrito Federal

quarta-feira, 7 de julho de 2010

STJ decide manter obras do VLT de Brasília



07/07/2010 Transporte Idéia
As obras de implementação do veículo leve sobre trilhos (VLT) em Brasília devem prosseguir. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Asfor Rocha, manteve também o processo de empréstimo a ser firmado entre o governo do Distrito Federal e a Agência Francesa de Desenvolvimento. As informações são do “DCI”.
O presidente do STJ negou seguimento ao pedido do Ministério Público (MP) do Distrito Federal e ainda manteve o desbloqueio dos R$ 21 milhões empenhados às empresas integrantes do Consórcio Brastram.
O pedido do MP foi feito em outubro do ano passado contra a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) e do Consórcio Brastram, com o intuito de anular o edital, a concorrência e o contrato sobre a obra. O MP requereu, em liminar, a uspensão do processo de empréstimo e das obras de implementação do VLT, além do bloqueio dos R$ 21 milhões empenhados às empresas do consórcio.