terça-feira, 22 de dezembro de 2015

DF recebe R$ 103 milhões para expandir metrô e VLT

 17/12/2015 - Portal Brasil, com informações do Ministério das Cidades

O Ministério das Cidades vai liberar repasses na ordem R$ 103 milhões para que sejam desenvolvidos projetos de expansão da malha ferroviária destinada à locomoção dos passageiros do Distrito Federal. 

Os aportes integram o Pacto da Modalidade Urbana, iniciativa do governo federal para melhorar o transporte público brasileiro e conceder mais qualidade de vida à população. Do total, serão R$ 77 milhões para a elaboração da Linha 2 do metrô e R$ 26 milhões para a construção da Linha 1 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

A previsão é de que a Linha 2 do metrô possua aproximadamente 8 km de comprimento, interligando a área central à Asa Norte. A Linha 1 do VLT, por sua vez, está estimada em 16 km de extensão, ao longo da avenida W3, e vai beneficiar 115 mil passageiros por dia.

Segundo a pasta, os projetos requerem estudos e avaliações da rede na área central de Brasília, em especial, do Eixo Monumental. Compreende também Pesquisa de Mobilidade Urbana; Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental; Estudo de Impacto Ambiental; bem como análises topográficas e geotécnicas complementares e o anteprojeto de engenharia.

Desde 2003, o governo federal possui uma carteira de investimentos, em Brasília, de R$ 9,55 bilhões. No DF, o total de investimentos é de R$ 9,437 bilhões, sendo R$ 4,221 bilhões para mobilidade urbana. Em todo o Brasil, o valor da carteira de investimentos ultrapassa R$ 566,4 bilhões, com R$ 159,6 bilhões somente para o transporte de passageiros.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Governo federal vai liberar verba para estudos do VLT e do metrô na Asa Norte em Brasília

11/12/2015 - Fato Online

Assinatura do contrato para lançar edital está marcada para o próximo dia 16
   
 Beatriz Ferrari   

MEtrô pode finalmente sair do papel
Metrô pode finalmente sair do papel
créditos: Sheila Leal

A expansão do metrô até o fim da Asa Norte e a implantação de VLTs (Veículo Leve sobre Trilhos) no Eixo Monumental e ao longo da W3 podem finalmente sair do papel. Está marcada para o dia 16 de dezembro a assinatura dos contratos para o lançamento do edital dos estudos das duas obras. Na data, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, vai liberar a verba necessária para a realização dos estudos. Ainda não há data para o lançamento do edital. A notícia foi antecipada pelo presidente do Metrô, Marcelo Dourado.

Dourado havia dito que haveria oito estações na Asa Norte e uma delas seria próxima à Universidade de Brasília, na quadra 107. Os detalhes, no entanto, só serão decididos após a conclusão dos estudos, cujo prazo depende do edital.

Expansão

A prometida expansão do Metrô está atrasada. Estava previsto para o final deste ano o lançamento do edital para a construção da primeira estação na Asa Norte – na altura do HRAN –, e de mais duas em Ceilândia e duas em Samambaia. Mas isso não deve acontecer. De acordo com a comunicação do Metrô, ainda não há prazo definido, “mas será em breve”. O primeiro edital será de uma estação em Samambaia.

Os recursos para essas cinco estações já foram liberados pela Caixa Econômica Federal. No total, são R$ 557 milhões. O presidente do Metrô, Marcelo Dourado, culpou a crise pelo atraso. “Ainda estamos em tratativas com a Caixa Econômica e com o Ministério das Cidades. Mas não na velocidade que gostaríamos. A crise atrasou o fluxo de desembolsos do Governo Federal”, disse.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

MP questiona Metrô sobre gasto de R$ 52 mil mensais com obra parada

24/07/2015 - G1

O Ministério Público do Distrito Federal pediu esclarecimentos ao Metrô sobre o gasto de R$ 52 mil por mês para vigiar obras paralisadas desde 2010 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), na Asa Sul. O caso foi revelado pelo G1 no último domingo (19).

O promotor Fábio Nascimento deu prazo de 15 dias para que o órgão explique a despesa – a contar do recebimento de um ofício assinado nesta quarta-feira (22). O Metrô informou não ter recebido o ofício até a publicação desta reportagem.

No documento, o promotor quer que a empresa informe se houve pagamento antecipado pelo material de construção no canteiro abandonado e questiona qual postura o órgão pretende assumir "em face a evitar o desperdício de dinheiro público a ela atrelado". O MP também requereu detalhes da contratação de quatro vigilantes terceirizados responsáveis pela segurança do local.

Nesta quinta-feira, o Metrô corrigiu a informação sobre o total gasto com vigilância. A informação inicial da empresa era de que a vigilância teve início em 2010, mas o Metrô só instalou um posto no local em abril de 2012. O gasto desde então foi de R$ 1,6 milhão, e não R$ 3 milhões, como a empresa havia informado anteriormente.

Os valores são referentes aos gastos do GDF com água, luz e os vigilantes terceirizados responsáveis por fiscalizar uma área de 30 hectares, que pertence ao Metrô. Previsto para custar R$ 700 milhões até o funcionamento do sistema, o governo terminou desembolsando cerca de R$ 50 milhões no projeto, segundo o Metrô.

A obra está parada desde 2010, quando a 7ª Vara de Fazenda Pública determinou sua suspensão por suspeita de irregularidades na licitação. A Justiça entendeu que houve fraude no processo que escolheu o consórcio vencedor da disputa. À época, o Ministério Público do DF apontou que houve direcionamento para privilegiar empresários e empresas ligadas a ex-gestor da companhia.

Reaproveitamento

O promotor Fábio Nascimento, da Promotoria de Defesa ao Patrimônio Público, afirmou que nada impedia de o material de construção ter sido usado em outras obras. "Se fosse um material de alta tecnologia, sofisticado, seria difícil dizer que pudesse ser aproveitado, mas se é um material comum em construções, não vejo por que não", afirmou.

Segundo a diretora do Metrô Daniela Diniz, o material de construção não era utilizado porque a Justiça não havia definido se ele pertencia ao GDF ou às empresas licitadas. O promotor, no entanto, negou que a decisão coubesse aos tribunais. "Isso cabe ao gestor público definir [a quem pertence o material]", disse.

Para ele, essa não foi a preocupação do Judiciário. "Em nenhum momento em que se buscou anular o contrato, se buscou saber a propriedade do material, e sim o conluio na licitação", explicou. "Se houve compra em contrato e o contrato foi anulado, cabe ao gestor decidir como o contrato vai ser usado. E cabe ao gestor público zelar pela boa administração para usá-lo da melhor forma."

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Governo Dilma libera R$ 629 milhões para investimento no Metrô-DF

21/07/2015 - BSB Estação da Notícia

Brasília terá avanços importantes na mobilidade nos próximos dois anos. Obras para expandir e modernizar o metrô e a introdução do veículo leve sobre trilhos em pontos estratégicos da capital são exemplos de benefícios que estão por vir. Parte deles já tem cronograma para sair do papel, alguns com processo licitatório a ser iniciado em agosto.

expansao e modernizacao do metro df agencia brasilia

Serão 14 licitações para construir cinco estações e modernizar o sistema, com melhorias na rede de energia, na telecomunicação e na sinalização dos circuitos, entre outras (veja arte). A série de aquisições representará um investimento de aproximadamente R$ 795 milhões. A maior parte, R$ 629 milhões, é do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento. O Distrito Federal precisará entrar com pouco mais de R$ 160 milhões R$ 126 milhões de contrapartida dos recursos da União e R$ 40 milhões da concorrência para contratar uma empresa de assistência técnica durante toda a execução das melhorias.

A primeira compra pública, na modalidade pregão, servirá para adquirir cerca de 200 novos rádios para a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), com valor em torno de R$ 14 milhões. Equipamentos com tecnologia digital, mais moderna, substituirão modelos já obsoletos. Os rádios atuais têm áreas de sombra, onde não é possível se comunicar, como próximo a esses prédios altos em Águas Claras, explica a diretora-técnica da companhia, Daniela Diniz Rodrigues. Segundo ela, os aparelhos devem entrar em uso no segundo semestre de 2016.

Cinco novas estações
Para a construção de novas estações de metrô, haverá, a princípio, três licitações. A primeira, prevista para setembro deste ano, será destinada a duas em Samambaia. As demais, para duas em Ceilândia e uma na Asa Norte, deverão sair até 2016. Samambaia foi priorizada devido à complexidade das outras. Pelo fato de a primeira obra ser menos complexa, conseguimos controlar melhor possíveis riscos e, assim, nos preparar para as demais. É uma questão importante estrategicamente, resume a diretora-técnica. O trecho naquela região, com investimento aproximado de R$ 127 milhões, envolve também obras necessárias para a expansão do metrô, como viadutos. As duas novas plataformas ficarão nas Quadras 111 e 117. Processo semelhante ocorrerá em Ceilândia, nas EQNOs 1/3 e 9/11 e EQNOs 5/7 e 13/15. Com o acréscimo, a região administrativa mais populosa de Brasília passará a contar com sete estações.

A futura obra da Asa Norte, segundo o diretor-presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, representará um marco para Brasília. À semelhança do que ocorre em Águas Claras, a estação servirá de ponto de baldeação para quem quiser, por exemplo, sair de Ceilândia e seguir até o ponto final. Ela marcará o início da Linha 2 com oito estações , será subterrânea e construída no Setor Comercial Norte, perto do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

Para dar suporte às novas construções, serão feitos quatro pregões: para a compra de trilhos, de dormentes peças colocadas transversalmente à via férrea , de elevadores e de escadas rolantes. A ideia de fazê-los separadamente é gastar menos com a obra. Dessa forma evitamos que a empresa de construção civil subcontrate outra, o que aumentaria o custo, detalha Daniela. A linha que hoje tem 42,38 quilômetros ganhará, com a expansão, mais 6,5.

As cinco novas estações de metrô fazem parte do plano de obras anunciado pelo governador Rodrigo Rollemberg na quinta-feira (16).

Veículo leve sobre trilhos

Entre setembro e outubro deste ano, o governo lançará ainda licitações para o estudo de projetos de implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT) em duas áreas de Brasília: um para sair da rodoferroviária e seguir até o fim da Esplanada e outro, do terminal de ônibus da Asa Sul ao da Asa Norte. Segundo Dourado, a companhia também pretende contratar outra análise para um terceiro VLT, no Sol Nascente, que integre a Avenida Hélio Prates com a Praça do Relógio. Informações da Agência Brasília.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

A conta da Copa

09/07/2015 - Correio Braziliense

EDITORIAL

Um ano depois do histórico 7 x 1, o Brasil continua perdendo de goleada dentro e fora de campo. Desorganizados, arcaicos e corruptos, os clubes, as federações e a CBF empurram o nosso futebol ao fundo do poço. Sem comando e acuado por um Congresso inescrupuloso, o governo federal leva o país a uma crise sem precedentes.

O cenário é idêntico no campo do Distrito Federal. O governo da capital do país atravessa a maior crise financeira da história. Em parte, por causa das dívidas deixadas pelo antecessor em função de projetos mal planejados, mal executados e hiperdispendiosos.

Do tão propagado legado, a Copa em Brasília não rendeu sequer frutos ao turismo. No mês do mundial, a média de ocupação dos HOTÉISatingiu 65%, bem abaixo dos projetados 100%. Passado o evento, voltamos à média normal, de 45%, segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do DF. Na questão mobilidade, o prometido VLT entre o aeroporto e o Setor Hoteleiro Sul não passou da derrubada de árvores e da demolição de um viaduto no fim da W3 Sul, que acabou reconstruído. O governo Agnelo Queiroz (PT) entregou o BRT pela metade, com nítidas falhas na construção e na operação.

A experiência da Copa também não trouxe melhorias nas informações aos vistantes. Dos sete Centros de Atendimento ao Turista (CAT) (Setor Hoteleiro Norte, Setor Hoteleiro Sul, dois no aeroporto, Rodoviária Interestadual, Torre de TV e Praça dos Três Poderes) apenas dois funcionam. Também não há legado em urbanização. Ficou só na promessa da construção da via entre a W4 Norte e a W5 Sul, de dois túneis para passagem de pedestres um entre o Parque da Cidade e o Clube do Choro e outro entre o Centro de Convenções e o estádio e da urbanização das saídas dos túneis e melhorias no Complexo Esportivo Ayrton Senna.

A obra de paisagismo entre a via W3 e a Rodoviária do Plano Piloto caminha a passos curtíssimos, após ser paralisada. As calçadas do Eixo Monumental e dos setores hoteleiros tiveram a licitação revogada porque havia interferências nos locais que inviabilizaram a execução do projeto. Novo estudo foi elaborado e aguarda recursos.

Ah, mas tem o Mané Garrincha. Sim, mas estádio não pode ser considerado legado. E, em uma cidade sem futebol, menos ainda.

Tanto que, ao custo de R$ 1,5 bilhão (o Ministério Público acredita ser muito mais), acabou se transformando em sede de secretarias do GDF. Com raras e cada vez mais esvaziadas partidas entre equipes da Série A do Brasileiro, a arena mostra sinais de abandono, com elevadores parados, pisos dos vestiários danificados, cadeiras quebradas, goteiras e nenhuma obra de urbanização no entorno.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Expansão do Metrô-DF deverá ter início neste ano

31/03/2015 - Jornal de Brasília

A tão aguardada expansão do metrô do Distrito Federal começará a tomar forma neste ano. Está prevista para setembro a assinatura da ordem de serviço que permitirá o início das obras da primeira estação da Asa Norte, nas proximidades do Hospital Regional, o Hran. A expectativa é que o local fique pronto em 2018. Também no segundo semestre, devem começar a ser construídas duas paradas em Ceilândia e duas em Samambaia, a ser entregues no fim de 2017. Essas cinco estações totalizarão nove quilômetros de malha metroviária. 

Em menor prazo, uma média de dois anos, deverão ser concluídas as estações das quadras 104, 106 e 110, todas na Asa Sul. Iniciadas em 1991, essas obras serão retomadas por meio de processos licitatórios, previstos para maio. 

Até o fim de abril, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) pretende assinar contrato para a aquisição de dez trens, que devem entrar em circulação em 2017, e para a elaboração dos projetos básicos para a implementação do metrô em toda a Asa Norte e do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na W3 Norte e Sul. 

A verba para a execução desses serviços será disponibilizada por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, no valor de R$ 1.656.130.000. Também fazem parte desse montante a modernização do sistema nos quesitos operacional e de comunicação, a ampliação da capacidade energética e o aprimoramento da segurança. 

Planejamento e cultura 

Em fevereiro deste ano, foi lançado o edital para contratar a empresa que elaborará o Plano de Desenvolvimento do Transporte Público sobre Trilhos e a Pesquisa de Mobilidade Urbana. O objetivo do Metrô-DF é fazer um planejamento, a médio e a longo prazos, do sistema de transporte público sobre trilhos da capital. A intenção é seguir um modelo de desenvolvimento sustentável, idealizado para um futuro de 20 anos. 

Outra iniciativa em andamento é o projeto Estação Metrô Cultura, que ocorre quinzenalmente na estação Central, na Rodoviária do Plano Piloto, em parceria com a Secretaria de Cultura. A proposta é abrir espaços para artistas locais e, ao mesmo tempo, proporcionar acesso gratuito a manifestações artísticas. A próxima apresentação será em 10 de abril, com o baterista André Togni, das 17h30 às 18h30. Essa ação é uma contrapartida dos artistas beneficiados com os recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). 

Tecnologia e sustentabilidade 

Estão sendo instalados equipamentos de rede sem fio nas estações de Águas Claras, Central, Galeria e Guará. Com isso, a partir de 21 de abril, segundo o Metrô-DF, os passageiros dessas paradas poderão ter acesso livre à internet durante as viagens de trem. A intenção é que o serviço seja ampliado para as demais estações ainda em 2015. 

Também neste ano está prevista a transformação da estação da Guariroba, em Ceilândia, em ponto sustentável. O projeto está sendo finalizado e será implantado com recursos de grupos nacionais e internacionais. "É apenas um projeto-piloto e pretendemos expandi-lo", explicou o presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado. A ideia é instalar placas para a captação de energia solar. Essa ideia surgiu em Nova York, onde a tecnologia é empregada desde 2005. 

VLT 

O Metrô-DF pretende implantar a rede integrada do veículo leve sobre trilhos (VLT), amplamente utilizada em todo o mundo. Movido a energia elétrica, esse transporte — uma espécie de bonde moderno —, além de não apresentar ruídos, terá circuito interno de TV e piso no mesmo nível da plataforma. 

A ideia é instalar o sistema em quatro eixos, com início das obras previsto para o segundo semestre de 2016 e término no fim de 2018. O primeiro englobará Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Taguatinga e Ceilândia — com um trecho específico para o Sol Nascente —; o segundo envolverá a antiga Rodoferroviária e a Esplanada dos Ministérios — com braço para o campus da UnB —; o terceiro passará por Cruzeiro, Sudoeste e Guará; e o último será na W3 Sul e Norte. 

O presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, solicitou ao Ministério das Cidades — em reunião na última quarta-feira (25) — R$ 60 milhões para a elaboração do projeto básico e funcional da rede.

Fonte: Jornal de Brasília
Publicada em:: 31/03/2015