22/11/2011 - Jornal de Brasília
A obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) tem causado incômodo, há mais de um ano, aos motoristas e pedestres que passam pelo final da W3 Sul, em frente ao Setor Policial. Isso porque a obra orçada em R$ 1,5 bilhão praticamente nem saiu do papel. A escavação no local provocou desvios de caminhos e no local há pouca sinalização e má iluminação.
“No início da construção, existiam uns cones de iluminação que identificavam bem o caminho para os motoristas. Agora, não tem sinalização correta e quem não conhece pode sofrer algum acidente”, reclama o estudante Diogo Heleno, 21 anos.
De acordo com o estudante, o mesmo descaso acontece com a garagem do VLT, no Setor Policial. “Lá tem uma estrutura que está estragando, uma grande quantidade de aço e de madeira. Está gastando o meu dinheiro e o de todo mundo e não estão fazendo nada”, reclama.
Licitação
Ele diz que ao ligar para o número 156, do Governo do Distrito Federal, foi informado que a obra está parada por questão de licitação. “Entendo que a licitação estava com problemas, mas devido a isso eles vão deixar tudo largado? Lá tem material estragando e focos de mosquitos da dengue. O mínimo que eles poderiam fazer é limpar o local e identificar direito, pois assim diminui o risco de acidentes”, opina o estudante.
A obra do VLT está sob responsabilidade do Metrô, que afirma que uma nova licitação está sendo preparada. “As obras foram paradas pela Justiça, que encontrou irregularidades nos contratos e anulou as licitações. O Metrô já está trabalhando em uma nova”, explica, por meio da Assessoria de Comunicação.
“A obra da W3 Sul não é do Metrô. Não sabemos se as obras recomeçarão do mesmo ponto, vai depender da determinação da Justiça”, esclarece a assessoria do Metrô.
Sem data
Ainda sem data para início da nova licitação, o principal projeto para melhorar a mobilidade urbana em Brasília para a Copa de 2014 segue indefinido. O VLT fará a ligação do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao final da Asa Norte. O percurso terá 22,6 quilômetros e 25 estações.
Nos trechos de ligarão o Terminal Asa Sul e o Terminal Asa Norte, pela W3 (trechos 2 e 3), o Metrô Leve de Brasília trafegará pelo canteiro central e as três faixas de rolamento existentes nos dois sentidos da via serão mantidas. No trecho em que a linha cruzará o Eixo Monumental, o fornecimento de energia será pelo solo. A estimativa é que, em operação, o VLT atenda 12 mil pessoas por dia.
O veículo será silencioso, terá amplas janelas, climatização, comunicação com o piloto, piso no mesmo nível da plataforma, capacidade de tráfego sob superfície gramada, convívio trem-automóvel-pedestre com segurança, controle operacional e adequação ao trânsito.
Atualmente, circulam quase oito ônibus por minuto pela W3 , num total de 453 por hora, transportando cerca de 110 mil passageiros por dia. A pretensão é fazer com que o VLT promova uma redução no número de carros na W3, estimada em 30%. A redução dos ônibus na região beneficiará o meio ambiente, pois o VLT usa é movido a energia elétrica.
Fonte: Jornal de Brasília (http://www.clicabrasilia.com.br/site/noticia.php?id=376623&)
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