segunda-feira, 3 de junho de 2013

VLT em Brasília até 2010

12/06/2007 - Correio Web

O governador José Roberto Arruda (DEM) anunciou junto ao secretário de Transportes, Alberto Fraga, as primeiras medidas para a implantação do novo sistema de transporte coletivo rápido da capital federal. As linhas W3 Sul e Norte, Aeroporto e Eixo Monumental serão integradas pelo Sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) – composto por vagões com capacidade máxima de 300 pessoas. Já o sistema que atenderá as cidades do Gama e Santa Maria ainda serão definidos em reunião nesta terça-feira. 

Inicialmente, a idéia era de que nessas regiões funcionasse o Sistema de Veículo sobre Pneus (VLP), mas o governo ainda estuda outra possibilidade. O objetivo do governo é oferecer condições para que as pessoas deixem os carros nas garagens e migrem para o transporte coletivo, que pretende oferecer serviço mais rápido e seguro.

O transporte rápido funcionará em dois sistemas distintos. O primeiro ligará as cidades do Gama e Santa Maria a uma estação de integração que será construída próximo ao viaduto do Catetinho, através do Veículo Leve Sobre Pneus (VLP). O trajeto concentrará todo o fluxo das cidades do Entorno. De lá, o transporte seguirá para a Rodoferroviária, Eixo Monumental e Rodoviária, podendo chegar até a Esplanada dos Ministérios, o que diminuirá o congestionamento no centro da Cidade.

As outras linhas funcionarão por outro sistema - de Veículos Leve sobre Trilhos (VLT). Um trecho sairá da estação de integração da Asa Sul, ao lado do Park Shopping, até o Pátio Brasil. Outra rota ligará o aeroporto ao terminal da Asa Sul e outra toda Asa Norte. 

O último trajeto vai abranger o Congresso Nacional, Esplanada dos Ministérios, Centro de Convenções, Memorial JK, Palácio do Buriti e estádio Mané Garrinha. O trecho Sobradinho e Planaltina não entrará no projeto integrado. “As limitações topográficas são enormes e de conhecimento de todos. Lá vamos melhorar as condições das vias e funcionar exclusivamente para ônibus”, afirma Arruda. 

Segundo o governador, os passos para a implementação do novo sistema já estão sendo estudados pelo Governo do Distrito Federal (GDF). “Começamos os estudos e projetos. Essa é a nossa contrapartida. Se a gente esperar a aprovação do dinheiro do empréstimo chegar para depois fazer as licitações, as obras vão atrasar muito”, diz. Arruda esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta tarde. 

No encontro, pediu ajuda para conseguir o empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “Tive uma resposta muito positiva do Lula. Serão R$ 400 milhões de empréstimo internacional somados a R$ 800 milhões do GDF, durante os quatro anos de governo ”, concluiu.

Mudança próxima

Apesar do curto espaço de tempo, o governador José Roberto Arruda garantiu que em 30 dias todos o sistema de transporte coletivo do DF irá funcionar com sistema de bilhetagem automática. “Os estudos estão bastante adiantados. Em pouquíssimo tempo a gente vai poder ter o usuário de transporte público utilizando cartão magnético”, afirma. O governador disse as catracas eletrônicas já foram instaladas em 110 ônibus. Ele também reforçou que em breve a Secretaria de Transporte lançará o edital para substituição das vans por microônibus.

Vantagens e desvantagens do novo sistema

Cada vagão do Sistema de Veículo Leve sobre o Trilho (VLT) tem capacidade para até 300 passageiros e esteticamente é parecido com a estrutura do metrô. O VLT integra harmonicamente com o sistema convencional de transporte (carros, pedestres e microônibus), o que reduz o custo das obras.

Por outro lado, o gasto para sua implantação é três vezes maior que com o sistema de Veículo Leve sobre Pneus (VLP). O tempo gasto também é superior, porque exige intervenções mais complexas. Mas, a durabilidade é de no mínimo 50 anos. O Sistema de Veículo Leve sobre Pneus (VLP) é alimentado por diesel. Embora o processo de implantação seja mais rápido e barato que o do VLT, sua vida útil é menor. A durabilidade é de oito anos.

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